Putin afirma a Trump que a Rússia não recuará de seus objetivos na Ucrânia
Em ligação de quase uma hora, presidente russo reforça metas estratégicas, mas abre porta para negociação, e repudia avanço da OTAN

Em 3 de julho de 2025, o presidente russo Vladimir Putin telefonou para Donald Trump, ex‑presidente dos EUA, e afirmou que a Rússia “não vai recuar” de seus objetivos declarados na guerra contra a Ucrânia, embora se dispa aberta a negociações condicionais.
O que foi dito
Durante a ligação, descrita como “franca e construtiva” pelos assessores do Kremlin, Trump pressionou por um avanço rápido para o fim da guerra. Putin, por sua vez, reiterou que não alterará suas metas históricas — sobretudo forçar a Ucrânia a renunciar à adesão à OTAN e reconhecer formalmente os territórios anexados pela Rússia reuters.com+14reuters.com+14theguardian.com+14.
Contexto militar e diplomático
A conversa ocorre após os EUA suspenderem o envio de certos armamentos avançados, como sistemas de defesa aérea Patriot e obuses de precisão. Putin também revelou que a Rússia continua aberta à troca de prisioneiros, mas não abre mão dos avanços territoriais .
O porquê importa
- Afirmação de força: a mensagem de Putin mostra que Moscou encara a guerra como estratégica, não como decisão tática que pode ser abandonada.
- Estímulo à diplomacia tensa: há abertura para negociação, mas desde que a Ucrânia se declare neutra — o que Washington rejeita.
- Impacto na OTAN: a exigência russa de neutralidade ucraniana está diretamente ligada à recusa de aceitar seu ingresso na aliança, realçando tensão estratégica em curso.
Conclusão
A chamada entre Putin e Trump expõe a linha dura da diplomacia russa: imobilidade intransigente sobre territórios ucranianos, mas com disposição para diálogo político sob condições recíprocas. É sinal de que só uma negociação política robusta, envolvendo soberania e segurança, poderia mudar o curso do conflito — enquanto o tempo e a retórica mantêm a guerra em estado de tensão permanente.
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