PSOL protocola pedido de cassação de Eduardo Bolsonaro por traição à soberania
Parlamentar é acusado de condicionar negociação comercial ao Brasil aos EUA à anistia a golpistas e de conspirar contra as instituições nacionais

Na quinta-feira, 10 de julho de 2025, o PSOL protocolou na Câmara um pedido de cassação de mandato contra Eduardo Bolsonaro, sob a acusação de traição à soberania nacional. O partido argumenta que o deputado condicionou qualquer avanço nas negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos à concessão de anistia ampla e irrestrita aos investigados pelos atos golpistas de 2022, incluindo ele próprio.
O deputado federal Glauber Braga (PSOL‑RJ), ao anunciar o pedido, afirmou categoricamente que Eduardo “conspira contra o nosso país” e que sua conduta representa chantagem política.
Motivos do pedido
O PSOL alega que Eduardo Bolsonaro atuou como intermediário de interesses anti‑diplomáticos, participando de pautas que teriam resultado na imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelos EUA. Segundo o partido, essa atuação configura atenção à soberania nacional, pois interfere diretamente nas decisões comerciais e diplomáticas do país.
Implicações no Congresso
O pedido de cassação impulsionará debate no Conselho de Ética da Câmara. Caso a denúncia seja admitida, Eduardo Bolsonaro poderá perder seu mandato, o que marcará uma reviravolta política e institucional no Parlamento.
Conclusão
O pedido do PSOL representa uma disputa jurídica e simbólica sobre os limites da atuação parlamentar. A acusação de traição à soberania busca responsabilizar o deputado por usar seu cargo para pressionar em benefício próprio e de seus aliados. O desfecho dependerá da movimentação no Conselho de Ética e do posicionamento da bancada majoritária.
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