Bolsonaro é “plano A” do PL para 2026, reforça líder partidário
Mesmo com inelegibilidade até 2030, PL mantém Jair Bolsonaro como prioridade absoluta para a próxima eleição

Em 30 de junho de 2025, o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), reafirmou com veemência: “nosso plano A para 2026 é Jair Bolsonaro”. A declaração ocorre apesar da inelegibilidade por oito anos imposta ao ex-presidente — e do risco de condenação no STF pela trama do golpe de 2022.
Estratégia do PL
Cavalcante reiterou que, mesmo com restrições jurídicas, o partido não prevê outro nome além de Bolsonaro no comando da chapa. “Não temos alternativas”, declarou, classificando as decisões judiciais como “injustas” e sinalizando que a bancada usará todos os recursos possíveis para registrar sua candidatura.
Bolsonaro como opção única (A, B e C)
A mensagem é clara: Bolsonaro é a prioridade absoluta — plano A, B e C — e só em último caso, “após sua morte política ou física”, será avaliada outra opção. O ex-presidente manterá a decisão sobre um eventual sucessor, deixando a escolha do nome alternativo para o momento oportuno.
Consequências políticas
- Unidade e foco militarizado: ao centralizar a candidatura no nome de Bolsonaro, o PL demonstra lealdade absoluta ao ex-presidente, mesmo sob risco legal.
- Pressão interna e externa: a estratégia pode provocar resistências no centrão e entre aliados que buscam opções mais moderadas — minutos após o anúncio, surgiram referências a Tarcísio de Freitas e Romeu Zema como alternativas.
- Narrativa de injustiça judicial: reforçando a postura de injustiça perante as decisões que tornaram Bolsonaro inelegível, o PL prepara terreno para uma eventual revisão do processo.
Por que isso importa
- Papel central de Bolsonaro: mesmo inelegível, mantém-se como principal figura política da direita brasileira, comandando o discurso eleitoral.
- Risco de fracasso eleitoral: centralizar o discurso em torno de um nome inelegível pode limitar apoios institucionais e alianças estratégicas.
- Aposta no recurso judicial: o PL assume que o caminho até 2026 pode passar por revisões no STF ou até mesmo no Congresso, apostando na reversão do impedimento.
Conclusão
A reafirmação de Bolsonaro como “plano A” do PL para 2026 escancara a dependência do partido em torno de sua liderança. Mesmo com barreiras judiciais, a estratégia é clara: manter o ex-presidente no comando da narrativa e da campanha, enquanto se preparam planos de contingência — sempre sob sua tutela.
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