Subprocuradora declara que oficiais agiram “concretamente” no golpe, e defende que grupo vá à ação penal no STF.

Em primeiro lugar, a Procuradoria‑Geral da República (PGR) apresentou à Primeira Turma do STF um pedido incisivo: que os 12 integrantes do chamado “núcleo 3” sejam oficialmente reconhecidos como réus por participação ativa na tentativa de golpe após as eleições de 2022. A acusação não é meramente conjectural — sustenta-se que houve uma ação concreta de planejamento e execução de atentados ao Estado democrático. A hora é grave e exige vigilância contínua.


PGR destaca atuação tática e detalhada

Por um lado, a subprocuradora‑geral Cláudia Sampaio Marques defende que a denúncia foi construída com riqueza de detalhes: planejamento desde novembro de 2022, compra de celulares, anonimização de integrantes, monitoramento e intenção de neutralizar autoridades — entre elas o ministro Alexandre de Moraes.

Por outro lado, a PGR frisou que os acusados ocuparam papéis táticos fundamentais na trama: pressionar o alto comando militar e executar ações operacionais, inclusive com planos de sequestro. A denúncia ainda envolve audios em que agentes afirmavam estar prontos para “matar meio mundo”.


Quem compõe o núcleo 3

Esse grupo, agora sob lupa do STF, inclui 11 militares de alta patente e um policial federal — nomes como Bernardo Romão Correa Netto, Cleverson Ney Magalhães, Estevam Theophilo, entre outros oficiais e o policial Wladimir Matos Soares. Eles são acusados de crimes que vão desde organização criminosa armada até tentativa de golpe.


O risco de anistia tácita e a urgência da denúncia

Em primeiro lugar, aceitar a denúncia significa reconhecer que não se trata apenas de ideias: os militares agiram, e de forma articulada e concreta. Por outro lado, não receber a denúncia seria sinal de que planos de ruptura podem continuar impunes — validando a narrativa de que forças internas conspiram contra a democracia.


Conclusão: democracia sob ameaça — ação imediata é necessária

Acresce que a formalização da denúncia quebra o silêncio: transforma suspeitos em réus e garante o início de novo capítulo judicial, com depoimentos, provas e, ao final, um veredito. A trama é densa, a periculosidade real, e o caminho da democracia passa pela judicialização sem renúncias. A hora é urgente e exige ação — não apenas retórica.


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