Investigação sobre recursos públicos usados por Bolsonaro no 7 de Setembro enfrenta entrave: pastor aliado não é encontrado para prestar depoimento e a PF aponta falha em notificações.

A Polícia Federal tentou intimar o pastor Malafaia, mas não obteve êxito — mesmo tentando contato por telefone, não foi possível localizá-lo para prestar depoimento no inquérito que apura uso de recursos públicos em manifestações do 7 de Setembro de 2022, que teriam beneficiado a campanha de Jair Bolsonaro.


Falha no ato de intimação

A equipe da PF informou que tentou contato por todos os números registrados no banco de dados, sem sucesso. A tentativa ocorreu no dia 11 de março, sob a ordem do delegado responsável. O pastor, entretanto, afirmou que “mora no mesmo endereço desde 2008” e questionou a forma do contato, classificando a situação como “piada”.


Investigações e contexto

O inquérito investiga se Bolsonaro cometeu peculato ao usar recursos públicos para financiar trios elétricos em Copacabana, Rio, e atos em Brasília. A PF busca esclarecer origem dos valores e eventual ligação com o pastor, embora Malafaia tenha declarado ter pago o carro de som no Rio por conta própria — R$ 34,7 mil, conforme nota fiscal apresentada.


Riscos jurídicos envolvidos

A ausência de contato pode atrasar o processo, mas não invalida as diligências. A intimação formal ainda depende de ser entregue pessoalmente ou publicada oficialmente, e confirmações devem ser feitas pelos canais regimentais. A PF pode insistir no formato ou solicitar medidas alternativas, como condução coercitiva.


Perguntas para refletir

  • A PF agiu corretamente ao tentar contato apenas por telefone?
  • A ausência de Malafaia compromete a coleta de provas — ou basta a nota fiscal apresentada por ele?
  • Um depoente político robusto pode frear investigações ao não se posicionar?

Conclusão

A tentativa de intimação de Malafaia sem sucesso revela uma tensão: a Polícia Federal busca explicações sobre uso de recursos públicos, enquanto o pastor se blindou com justificativas. O episódio ilustra dificuldades operacionais e riscos processuais em investigações sensíveis. O que está em jogo é a agilidade institucional frente a aliados poderosos — e a resposta pode impactar a investigação.


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