Em reação à tensão entre Congresso e Planalto, Centrão avalia indicar o deputado para conduzir investigação das fraudes previdenciárias

Em 2 de julho de 2025, cresceu a articulação do Centrão para indicar o deputado federal Nikolas Ferreira (PL‑MG) como relator da CPI mista do INSS — comissão que investigará fraudes bilionárias em benefícios previdenciários. A movimentação reflete a tensão entre o Congresso e o governo Lula.


Estratégia política por trás da indicação

Após o governo acionar o STF para tentar reverter a derrubada do imposto IOF, o Centrão passou a pressionar pelo nome de Nikolas, considerado combativo e representativo da oposição, com potencial de dar força política à comissão. O nome estava sendo debatido com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos‑PB), mesmo que ele inicialmente sinalizasse preferência por um perfil mais moderado.


Declaração do deputado

Em entrevista à CNN, Nikolas afirmou não ter sido formalmente sondado, mas disse que seria uma “boa oportunidade” para “colocar na cadeia quem roubou o INSS” caso recebesse convite. A autoridade do relator será decisiva para definir diligências, quebras de sigilo e o relatório final da CPI.


Composição da CPI

A comissão terá 15 deputados e 15 senadores. Enquanto o Senado indicará o presidente (nomeado em discussão), a relatoria grava-se na esfera da Câmara — e a escolha de um nome do PL colocaria o partido no epicentro da investigação.


Por que isso importa

  1. Controle narrativo: o relator define direcionamento do relatório, podendo moldar o tom político dos indiciamentos.
  2. Reação política: a estratégia do Centrão é contestar o governo Lula e expor supostas falhas na base aliada.
  3. Visibilidade digital: o perfil combativo e engajado de Nikolas potencializa a repercussão e fortalece pressão midiática.

Conclusão

A articulação em torno de Nikolas Ferreira como relator revela o uso estratégico das CPIs como instrumentos de disputa política no Brasil. A indicação no cenário de crise institucional projeta seu nome como protagonista da fase de investigações, reforçando tensão entre Congresso e Planalto — e colocando o PL em posição central.


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1 comentário em “Nikolas Ferreira pode assumir relatoria da nova CPI do INSS

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