Motta nega “traição” ao governo e critica discurso do Planalto sobre o IOF
Presidente da Câmara rebate críticas, afirma ter alertado Lula e defende o Congresso como guardião do povo

Em primeiro lugar, neste 30 de junho de 2025, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos‑PB), divulgou um vídeo contundente negando acusações de traição ao governo Lula após liderar a derrubada do decreto do IOF. Ele afirmou ter alertado o Planalto sobre a inviabilidade parlamentar da proposta, usando uma metáfora contundente: “quem não avisa sobre o iceberg não é leal, é cúmplice”.
Defesa de sua ação
Para Motta, o Congresso cumpriu seu papel. A votação, que suspendia três decretos do governo sobre o IOF, foi aprovada amplamente (383 a 98 na Câmara), e ele destacou que “quem alimenta o nós contra eles acaba governando contra todos” — frase usada para criticar quem tenta pintar o Legislativo como contra o povo.
O contexto político
Ele reforçou que não houve rompimento ou traição, mas sim uma postura vigilante. “Avisamos ao governo que essa medida teria muita dificuldade de ser aprovada”, disse, reforçando que sua decisão foi pautada na responsabilidade e no interesse nacional.
Motta ainda aproveitou para ressaltar medidas positivas aprovadas no mesmo dia, apontando que o Parlamento não se limitou a vetar, mas avançou em temas importantes, com apoio tanto da esquerda quanto da direita.
O risco de judicialização
O presidente da Câmara também alertou para a tentação do governo em recorrer ao STF para reverter a derrota no Congresso. Segundo ele, levar o caso ao Judiciário significaria aprofundar a crise entre os Poderes.
Conclusão
Motta projeta que não houve traição, mas sim uma decisão técnica e madura – sinal de que o Legislativo não aceita ser coadjuvante político. Ao confrontar o governo e recusar o viés de “nós contra eles”, ele reafirma uma pauta de equilíbrio institucional e vigilância ao dibate democrático.
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