Ampliação do programa exigirá R$ 5 bilhões e vai além da justiça social: é estratégia decisiva para reduzir desigualdade estrutural no país.

O Ministério da Educação anunciou a meta de tornar o programa Pé‑de‑Meia universal para todos os estudantes do ensino médio da rede pública a partir de 2026. A proposta enfatiza o caráter estratégico de enfrentar a desigualdade estrutural no acesso à permanência escolar.

Por que esse passo é decisivo

Lançado em 2024 para famílias do Bolsa Família, o programa foi expandido ainda em 2024 a jovens inscritos no CadÚnico, atingindo cerca de 4 milhões de estudantes. No entanto, muitos que vivem em situação vulnerável ficaram de fora por critérios burocráticos. A expansão visa corrigir essa injustiça, garantindo que quem estuda permaneça até a formatura.

Como funciona o benefício

O programa acumula até R$ 9.200 por estudante ao longo dos três anos do ensino médio, distribuídos em incentivos para matrícula, frequência, conclusão e participação no Enem. Esse valor representa um subsídio direto à permanência em sala de aula, reduzindo a evasão e fomentando a completude escolar.

Orçamento e disputa política

Para universalizar o programa, o MEC estima a necessidade de mais R$ 5 bilhões no orçamento de 2026. A medida está em debate com o Congresso, o que evidencia a disputa interna por prioridade fiscal e compromisso com a educação de base.

Expandir o Pé‑de‑Meia para toda a rede pública significa enviar uma mensagem clara: investir na igualdade social é tão urgente quanto educar para o futuro.


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1 comentário em “MEC quer estender “Pé‑de‑Meia” a todo o ensino médio da rede pública

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