Em entrevista ao JN, Lula chama a medida de Trump de "gesto político" e anuncia resposta firme via instrumentos legais — sem conversa direta com os EUA.

Em primeiro lugar, fica claro que Lula qualificou a tarifa americana de medida política-eleitoral, não comercial. Ele deve manter o diálogo com setores produtivos, como agronegócio e indústria, mas descarta contato informal com Trump — o foco será sempre a ação legal e diplomática oficial.


1. A resposta está no tribunal, não no telefone

Em vez de buscar conversa direta com Washington, o governo aposta na Lei da Reciprocidade, sancionada em abril, como instrumento jurídico para aplicar retaliações comerciais proporcionais — seja na forma de tributos, restrições comerciais ou suspensões de direitos de PI.


2. Três frentes, um só objetivo

O discurso organizado do presidente reforça que a reação será feita em três frentes combinadas:

  • Legal, por meio da lei aprovada;
  • Negocial, com os produtores que serão afetados;
  • Diplomática, via canais formais e internacionais — sem improviso de bastidor.

3. Soberania reforçada

A mensagem foi clara: “não seremos tutelados por ninguém”. Lula preserva o tom diplomático, reforçando que decisões internas — como as do STF — não serão condicionadas por pressão externa. A resposta será pautada por respeito institucional e racionalidade nacional.


4. Enfrentar um blefe com cada carta na manga

Mesmo que a tarifa seja apenas um blefe eleitoral, a resposta não será reativa ou emotiva — será técnica e organizada. O Brasil sai fortalecido se usar a lei aprovada e proteger seus produtores. Afinal, quem planta comida sustenta o país.


✅ Por que isso muda o jogo?

  • Estabilidade institucional: institucionaliza a resposta, evita improvisos de tweet ou declarações intempestivas.
  • Proteção ao produtor: articula ação concreta com setores-chave do país.
  • Afirmação política: reafirma soberania sem entrar em confrontos pessoais.
  • Modelo diplomaticamente inteligente: replicável em futuros choques de conflito comercial.

💡 Conclusão

A frase‑chave “Lei da Reciprocidade” resume toda a estratégia: Lula não responde de improviso ou conversa, mas ativa instrumentos legais e diálogo sério com a sociedade produtiva. O Brasil está de pé — firme, técnico e independente.


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4 comentários sobre “Entrevista no JN: Lula fortalece ação com Lei da Reciprocidade em resposta à tarifa de Trump

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