“A gente não quer mais um mundo tutelado”, diz Lula no encerramento da 17ª Cúpula do BRICS
Chefe do Estado brasileiro levanta bandeira de soberania e crítica ao sistema global vigente
No encerramento da 17ª Cúpula do BRICS, realizada no Rio de Janeiro, o presidente Lula foi enfático: “A gente não quer mais um mundo tutelado” — e completou: não queremos guerra fria, desrespeito à soberania, nem conflitos armados. A declaração, carregada de retórica contra hegemonias externas, simboliza uma guinada assertiva do Brasil na arena geopolitica, pondo em xeque o status quo global.
1. Multilateralismo com voz forte
Lula criticou o “desmonte do multilateralismo” e acusou o Conselho de Segurança da ONU de perpetuar guerras em vez de evitá-las. O recado é claro: o BRICS surge como plataforma de resistência a um mundo subordinado, exigindo participação equitativa de países do Sul Global.
2. Soberania acendendo o congresso global
O presidente enfatizou a importância da soberania nacional contra qualquer forma de interferência externa — seja militar, econômica ou política. A referência às tensões em Gaza, Ucrânia e o confronto ideológico com potências reais reforça esse posicionamento .
3. BRICS como alternativa sistêmica
A Cúpula também apontou o bloco como herdeiro de uma ordem global multipolar, com proposta de reforma da ONU e do FMI — substituindo instituições “tuteladas” pelo Norte Global por um novo sistema inclusivo.
4. Tempo de guerra ou verdadeira paz?
Para Lula, esse é “possivelmente o maior período de conflito desde a Segunda Guerra Mundial”. Ao afirmar que “não quer mais guerra”, fixou a ideia de que a paz só é real se for baseada em justiça, igualdade e pluralidade de poder.
Conclusão: recusar tutela para assumir protagonismo global
Com uma posição clara e combativa, Lula transforma a ideia de um “mundo tutelado” em slogan político. O Brasil, à frente da Cúpula, reforça a ideia de que a governança internacional precisa de novos paradigmas, impulsionados pelos países do Sul. Um sinal forte: não basta existir no sistema global — é preciso reformá-lo.
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