Redação

O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) protocolou uma petição no Supremo Tribunal Federal para ampliar o alcance do Inquérito 4995, que apura atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O pedido inclui:

• Prisões preventivas, especialmente para Eduardo Bolsonaro, acusado de liderar articulações diplomáticas nos EUA a favor de sanções e chantagens contra o STF.
• Inclusão formal de Jair e Flávio Bolsonaro como investigados, por suposta coordenação de ações para sabotar o Judiciário e subordinar o país a interesses externos, principalmente dos EUA.

Ataque à soberania e obstrução institucional

A petição descreve uma “nova fase do golpe”, estruturada como uma guerra híbrida. Segundo Lindbergh, os Bolsonaro estariam atuando como uma quinta-coluna, buscando apoio de Trump para coagir o Supremo e impedir as ações penais contra os golpistas.

Ele aponta declarações públicas da família — incluindo sugestões de anistia em troca da revogação de tarifações dos EUA — como prova de tentativa de obstrução da justiça, atentado à soberania nacional e associação criminosa .

Medidas cautelares como necessidade institucional

Além das prisões, Lindbergh pede:

• Suspensão imediata dos passaportes de Eduardo, Jair e Flávio;
• Proibição de contato com autoridades estrangeiras;
• Monitoramento eletrônico e restrição de movimentações políticas.

O cerco se fecha

O pedido intensifica o cerco legal à família Bolsonaro ao mostrar que a trama interna está entrelaçada com interesses internacionais. É uma articulação que mistura chantagem econômica — usando tarifas — com pressão institucional para salvar suspeitos de golpe.

Agora, cabe ao relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, decidir se aceita a ampliação das investigações.

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