Itamaraty convoca diplomata dos EUA após embaixada defender Bolsonaro
Brasília reage à nota que ecoa discurso de Trump e pede esclarecimentos ao encarregado de negócios

O Ministério das Relações Exteriores anunciou a convocação do encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, após a missão diplomática ter divulgado nota que endossa a retórica de Donald Trump em defesa de Jair Bolsonaro. A nota classificou a investigação contra o ex-presidente como “perseguição política vergonhosa” e afirmou que está sendo acompanhada de perto pela diplomacia norte-americana.
1. Apoio fora do comum
A nota surpreendeu ao reforçar o discurso de Trump, que havia defendido Bolsonaro nas redes sociais ao afirmar que ele sofre uma “caça às bruxas” judicial — linguagem incomum para uma embaixada em relações entre países.
2. Reação formal de soberania
O Itamaraty reagiu fortemente, convocando Escobar para prestar esclarecimentos. A medida reafirma que a diplomacia brasileira considera inaceitável qualquer forma de intervenção externa em processos judiciais internos.
3. Polarização reforçada
A iniciativa americana agrava a divisão entre aliados e adversários em Brasília. Para o governo de Lula, a nota representa tentativa de influenciar resultados judiciais; para simpatizantes de Bolsonaro, demonstra apoio político que transcende partidos.
4. Consequências diplomáticas e eleitorais
O episódio pode provocar rescaldo nas relações Brasil–Estados Unidos. Além disso, a polarização inflamada alimenta munição política para ambos os lados, já em plena disputa do cenário nacional e internacional.
Conclusão: diplomacia no limite entre opinião e ingerência
A convocação do diplomata ressalta que, mesmo em tempos de aproximação política, existe um limite rígido para expressões diplomáticas. A nota da embaixada foi interpretada como ultrapassagem desse limite, obrigando o Itamaraty a agir para reafirmar a soberania judicial nacional.
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