Irã declara: “Não há mais lugar para os EUA no Oriente Médio”
Conselheiro do líder supremo diz que bases americanas se tornam alvo legítimo após ataques a instalações nucleares iranianas.

Um conselheiro do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, informou neste domingo, 22 de junho, que “não há mais lugar” para os Estados Unidos no Oriente Médio, em reação aos ataques americanos a instalações nucleares iranianas. A declaração foi divulgada pela agência oficial Irna.
Em primeiro lugar: a declaração severa
Ali Akbar Velayati afirmou que os EUA “atacaram o coração do mundo islâmico” e agora devem “esperar consequências irreparáveis”. Ele alertou que as bases usadas pelos americanos para bombardear locais como Fordow, Isfahan e Natanz tornam-se alvos legítimos — e qualquer país que permita tal uso será considerado risco potencial.
Por outro lado: os ataques recentes
A ofensiva americana coordenou ataques contra três usinas nucleares iranianas na madrugada, envolvendo bombardeiros B‑2, segundo o Pentágono. O ataque segue ofensivas israelenses iniciadas em 13 de junho, com testes de contenção ao programa nuclear iraniano.
Acresce que: impacto geopolítico amplo
A retórica do Irã escalona o conflito: ao designar como alvo legítimo as bases dos EUA, Teerã projeta a expansão do campo de batalha. A lógica invisível parece clara: quem oferece suporte militar à agressão, também será considerado parte do conflito.
Metáfora crítica: expulsão de intruso com base em fogo
O conselho proferido soa como uma ordem: não há mais cadeiras para invasores – tudo deve ser levantado ou destruído. Isso transforma bases americanas em fichas mortas no xadrez da guerra moderna, prestes a serem derrubadas se permanecerem no tabuleiro.
Pergunta retórica
Se a neutralidade já foi abandonada, por que ainda haveria espaço para os EUA — ou seus aliados — em uma região onde começaram a apontar armas?
Consequências imediatas
- Autorizações iranianas de ação contra bases americanas ganham força militar e simbólica.
- Todos os países que mantêm bases americanas no Oriente Médio entram no foco do risco direto.
- A escalada verbal gera pressão diplomática: a ausência de espaço americano impulsiona isolacionismo regional.
- A Organização das Nações Unidas e potências globais são convocadas a intervir para evitar guerra total.
Impactos geopolíticos
- Desenraizamento dos EUA no Oriente Médio, acelerando realinhamentos regionais.
- Ameaça às forças de coalizão no Iraque, Síria, Kuwait, Bahrein e Emirados.
- Fragilização das bases estratégicas, com impacto imediato nas rotas petrolíferas.
- Preparação para guerra regional, com ação coordenada do Irã, aliados e proxies.
- Potencial emergência global, caso ações militares atinjam cidadãos estrangeiros.
Conclusão
A declaração de Velayati marca uma guinada cruenta: não se trata apenas de reação — é anúncio de expulsão. Se as bases americanas são alvo legítimo, então o Oriente Médio se transforma no coração de uma guerra aberta. E se já passaram do ponto de diplomacia, quem sustenta o silêncio terá sangue por trás dos muros.
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