Chanceler iraniano afirma: EUA “cruzaram linha vermelha muito grande” ao bombardear usinas nucleares
Abbas Araqchi denuncia que ataques dos EUA às instalações de Fordow, Natanz e Isfahan violam a Carta da ONU; Teerã promete resposta e mobiliza diplomacia.

O chanceler do Irã, Abbas Araqchi, reagiu com firmeza aos ataques realizados pelos Estados Unidos contra instalações nucleares em solo iraniano, afirmando que foi ultrapassada uma “linha vermelha muito grande” — um ato que, nas suas palavras, configura uma grave violação da Carta da ONU e do direito internacional.
Em primeiro lugar: ataque a instalações sensíveis
Na madrugada de sábado, aeronaves B‑2 e mísseis subsônicos Tomahawk destruíram centros de Fordow, Natanz e Isfahan. Trump confirmou que os alvos foram “completamente destruídos” com precisão. Araqchi definiu a ofensiva como um ataque coordenado com Israel, que “traíram a diplomacia” e “traíram suas próprias nações”.
Por outro lado: “não há mais espaço para diplomacia”
Araqchi afirmou que, após esse ato, resta pouco espaço para negociações. Ele enfatizou que o Irã agirá em seu legítimo direito de autodefesa e que só retomará o diálogo diplomático quando a agressão cessar.
Acresce que: mobilização diplomática imediata
O Irã convocou reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU e apelará à AIEA para punir o ataque. Araqchi prepara encontro com o presidente russo Vladimir Putin em Moscou, sinalizando uma articulação internacional para resposta conjunta.
Metáfora crítica: romper o pacto pela força
O chanceler comparou o ataque a um pacto rompido com violência, como se se destruíssem não apenas estruturas físicas, mas também a confiança diplomática. A linha da ONU foi ultrapassada, e “a confiança foi usada como barreira que foi arremessada ao chão”.
Pergunta retórica
Se ainda havia canais diplomáticos abertos, por que optar por um bombardeio que fecha todas as portas de negociação?
Consequências imediatas
- O Irã promete retaliar de forma compatível com seu direito à autodefesa.
- Convocação do Conselho de Segurança gera pressão internacional sobre os EUA.
- Provocação diplomática estimula apoio do eixo Rússia‑China ao Irã.
Impactos geopolíticos
- Escalada regional intensificada, com maior risco de conflito direto.
- Enfraquecimento do papel da ONU, caso o veto bloqueie sanção aos EUA.
- Reforço de alianças antissistêmicas, com Irã, Rússia e China agrupados contra agressões ocidentais.
- Potencial interrupção do diplomacia nuclear, que pode comprometer a estabilidade regional.
- Ciclo de retaliações, com Irã avaliando fechamento do Estreito de Ormuz e expansão militar no Golfo.
Conclusão
As palavras de Abbas Araqchi revelam que o bombardeio americano não é apenas militar, mas uma ofensa diplomática. A superação da linha vermelha parece ter fechado portas para o diálogo — restando apenas o terreno acidentado das retaliações. A grande pergunta ecoa: agora, quem será capaz de achar a chave para destrancar a paz?
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