Irã alerta que entrada dos EUA na guerra seria “lamentável e perigosa”
Em declaração em Istambul, o chanceler iraniano Abbas Araghchi afirmou que o envolvimento dos Estados Unidos no conflito exacerbaria a violência e colocaria a região em risco.

O ministro das Relações Exteriores do Irã declarou que a entrada dos Estados Unidos no conflito com Israel seria lamentável e perigosa. A fala, feita em Istambul durante reunião da Organização de Cooperação Islâmica, reforça a posição iraniana de que a participação americana imporia risco direto a toda a região.
Em primeiro lugar: declaração em Istambul
Abbas Araghchi afirmou que a adesão dos EUA representaria “risco para todos” e ressaltou que qualquer negociação com Teerã só poderia ocorrer após a suspensão das agressões — reforçando demanda iraniana por trégua prévia ao diálogo.
Por outro lado: expectativa na Casa Branca
A Casa Branca mantém interesse em mediar o conflito, mas ainda estuda o envolvimento militar direto. Em comunicado, fontes afirmam que o presidente Donald Trump decidirá nas próximas duas semanas se os EUA entrariam no conflito, motivado ou por pressão de aliados.
Acresce que: retórica iraniana e argumentos
Araghchi acusou os EUA de estar “envolvidos desde o início” no conflito, mesmo que oficialmente neguem. A posição iraniana contesta a narrativa americana e sugere que os norte-americanos vêm estimulando os ataques israelenses através de suporte logístico, político e militar.
Metáfora crítica: guerra pela sombra
Para o Irã, os EUA não entrariam fisicamente no conflito — mas sim pela sombra: operando por trás, com influência decisiva no rumo das ofensivas. Uma presença invisível que amplia o barulho na guerra já existente.
Pergunta retórica
Se a intervenção dos EUA é considerada “lamentável e perigosa”, por que ainda há quem aponte na direção de Washington como solução militar?
Consequências imediatas
- O alerta iraniano intensifica o discurso anti‑americano, dificultando o início de negociações multilaterais.
- A proposta de diplomacia sobre o conflito fica condicionada à proposição iraniana: que cesse a agressão e só então se sente na mesa.
- A comunidade internacional passa a enxergar com mais preocupação a escalada potencial que uma intervenção norte-americana pode provocar, aumentando o risco de disparos diretos e confrontos diretos entre superpotências.
- O posicionamento de Araghchi alimenta pressões internas — tanto para que os EUA se abstenham — quanto para que aliados iranianos endureçam ações retaliares.
Impactos e cenário geopolítico
- Pressão dentro da OTAN e da UE, que evitam se alinhar com estratégia militar.
- Maior isolamento diplomático dos EUA, vista como potencial fomentadora de guerra.
- Espelho para outros players regionais, que tomam posições firmes diante da escalada.
- Inclinação do Irã por rotas diplomáticas alternativas, enquanto Israel e EUA são criticados pela ONU.
- Ponto de virada em negociações nucleares, caso os EUA entrem oficialmente no conflito.
Conclusão
A advertência do Irã coloca em xeque a hipótese de envolvimento militar dos EUA. A declaração do ministro Araghchi — com seu tom solene e urgente — transforma uma possível intervenção em tema-chave da estratégia regional. Em tempos de tensão nuclear e militar, cabe questionar: será que somar uma superpotência a um conflito em curso não seria mesmo a pior escolha para a paz?