Freire Gomes nega ter ordenado prisão de Bolsonaro e diz que alertou sobre riscos jurídicos
Ex-comandante do Exército reafirma em acareação no STF que jamais deu voz de prisão a Jair Bolsonaro; afirmou ter apenas advertido o ex-presidente sobre consequências legais de medidas de exceção.

Contexto da acareação
Na acareação no Supremo Tribunal Federal envolvendo Anderson Torres, o general Freire Gomes foi questionado sobre relatos de que teria dado voz de prisão a Jair Bolsonaro caso decretasse medidas de exceção. Ele negou veementemente a acusação e ressaltou que sua postura foi de alerta, não de ameaça ou ordens autoritárias.
O que o general declarou
Freire Gomes afirmou que em nenhum momento foi dada uma ordem para prender o então presidente. “Não aconteceu isso de forma alguma”, declarou, e reforçou que o que fez foi “avisá-lo das consequências jurídicas do eventual decreto que previa medidas de exceção”, como estado de sítio ou GLO, ressaltando a necessidade de refletir sobre o impacto dessas ações.
Influência do alerta no comportamento de Bolsonaro
Segundo o general, após seu alerta jurídico, Bolsonaro “não voltou mais a tratar do assunto”, indicando que a advertência foi suficiente para frear qualquer planejamento de decreto. Freire Gomes enfatizou que reforçou o caráter institucional das Forças Armadas, afirmando que não haveria apoio militar a ações que ultrapassassem os limites constitucionais.
Relevância do esclarecimento
Este depoimento reforça a postura institucional do Exército em relação às ameaças golpistas e fortalece a narrativa de reserva jurídica diante de comandos presidenciais questionáveis. A negação de ordem de prisão também diferencia o conteúdo oficial do STF da versão atribuída anteriormente pelo ex-comandante da Aeronáutica, que afirmou ter ouvido a indicação de voz de prisão.
Próximos passos no processo
Com o depoimento registrado em ata, o STF pode solicitar investigações adicionais sobre eventuais propostas de exceção constitucional e reunir provas que comprovem as declarações de Freire Gomes. Em paralelo, a análise do documento produzido — seja por via parlamentar ou militar — pode ganhar destaque em instâncias judiciais posteriores.
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