Freire Gomes nega: minuta de Torres não era a mesma discutida por Bolsonaro
Ex-comandante do Exército afirma que texto encontrado com Anderson Torres apenas tinha semelhanças com o apresentado por Jair Bolsonaro em reunião, em acareação no STF.

Divergência na acareação
Em acareação realizada no STF em 24 de junho de 2025, o general Marco Antônio Freire Gomes negou que a minuta de decreto encontrada na casa do ex-ministro Anderson Torres fosse exatamente a mesma que Jair Bolsonaro apresentou em reunião com os comandantes militares. Ele esclareceu que os documentos apenas tratam de temas semelhantes, como estado de sítio e Garantia da Lei e da Ordem (GLO), sem serem idênticos.
Explicação sobre os conteúdos
Freire Gomes afirmou que ambos os textos abordam a mesma linha temática, mas não têm conteúdo coincidente palavra por palavra. Ele também mencionou que o tema foi objeto de discussões em diversas reuniões, incluindo uma realizada em 14 de dezembro de 2022 no Ministério da Defesa, encerrando o debate dentro daquele espaço institucional.
Outras declarações relevantes
O general destacou que alertou Jair Bolsonaro sobre os riscos jurídicos de implementar medidas de exceção, sugerindo cautela e lembrando que tal decisão poderia gerar consequências graves. Após o alerta, Bolsonaro teria concordado e não voltou a pautar o assunto. Freire Gomes esclareceu também que jamais ordenou a prisão do ex-presidente. Ele se limitou a expor possíveis desdobramentos legais caso o decreto golpista fosse sancionado.
Impacto no processo
Esses esclarecimentos fornecem um tom mais nuançado à investigação sobre a minuta do golpe. A distensão do conteúdo entre os documentos pode enfraquecer a ligação direta entre Torres e os planos golpistas de Bolsonaro. Ainda assim, os depoimentos complementares reforçam o cenário de discussão sobre medidas institucionais excepcionais no final de 2022.
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