Em defesa do pai, senador critica o Supremo, fala em “injustiça” e diz que não aceitará “aberração jurídica”

Em primeiro lugar, durante discurso no ato de apoio a Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, no domingo, 29 de junho de 2025, o senador Flávio Bolsonaro denunciou o que chamou de “perseguição política” do Supremo Tribunal Federal ao seu pai. Ele afirmou que o processo está sendo conduzido de forma inquisitória, com sentença já escrita antes do devido julgamento, e avisou: “essa aberração jurídica nós não vamos aceitar”.


A narrativa da acusação

Flávio classificou o que ocorre com Bolsonaro como um julgamento enviesado. Para ele, o ex-presidente não enfrenta um processo justo, mas sim um instrumento de disputa política, que ignora provas de inocência e reforça o desequilíbrio na balança jurídica do país.

Ele ainda criticou a atuação do ministro relator, afirmando que “juiz que atua como parte não é juiz, é perseguidor”. Assim, aponta que o Supremo extrapola suas funções ao se transformar em legislação executiva, com impacto direto na liberdade de expressão e nas prerrogativas parlamentares.


Defesa e tom dramático

Durante o ato, Flávio reforçou que a situação representa um ataque às liberdades individuais e ao devido processo. Ele evocou a imagem do pai como inocente, não culpado, afirmando que o julgamento é uma “injustiça” — e comparou o episódio a uma “inquisição”. Em sua avaliação, os ataques se estendem à imprensa, aos advogados e à atividade parlamentar.


Reações esperadas

O discurso é claro: a base bolsonarista define como red line o uso do STF para intervir em derrotas políticas. Flávio sinaliza que haverá resposta política duríssima se continuarem medidas que interpretam como perseguição. A recusa em admitir o que chama de “aberração jurídica” pós ato na Paulista marca endurecimento na retórica contra o Supremo.


Conclusão

O pronunciamento de Flávio revela que, para o bolsonarismo, o conflito institucional deixou de ser retórica: virá com consequências reais se continuar a judicialização de derrotas políticas. O ato na Paulista é apenas o começo — a “gritaria” e os gritos de “não aceitamos isso” já direcionam o script do que virá pela frente, com o STF no centro de uma crise que promete abalar o tabuleiro do poder no país.


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1 comentário em “Flávio Bolsonaro acusa STF de perseguição durante ato na Paulista

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