“Desocupada e pobre”, diz Flávio Bolsonaro sobre Erika Hilton
Senador critica deputada transgeratória e aprofunda clima de tensão política com discurso ofensivo

O senador Flávio Bolsonaro (PL‑RJ) postou nas suas redes sociais uma crítica ácida à deputada federal Erika Hilton (PSOL‑SP), afirmando que ela era “desocupada e pobre” antes de assumir o mandato há pouco mais de dois anos e meio. A declaração é mais do que uma provocação: é um ataque direto à trajetória da parlamentar trans, reforçando conflitos ideológicos em ano eleitoral.
1. O tom da ofensa pública
Ao desqualificar o mandato de Erika com termos pejorativos, Flávio Bolsonaro revela o uso de linguagem estigmatizante para deslegitimar vozes dissidentes: ataca com discriminação velada à condição trans e à luta por direitos.
2. Discurso populista entre o público bolsonarista
A mensagem — compartilhada em um momento de polarização sobre privilégios — busca conectar com a base conservadora que enxerga nas pautas identitárias uma “ideologia distante” de suas preocupações cotidianas.
3. Comparação enviesada: público vs. privado
Flávio Bolsonaro também comparou o uso de recursos públicos relativos ao mandato da deputada com a ostentação de figuras da alta sociedade, tentando criar narrativa moralista que ataca o uso de verba pública quando o alvo é de esquerda.
4. Consequência ideológica e eleitoral
O ataque sinaliza continuidade de tensões: a estratégia bolsonarista aposta na antagonização de parlamentares do PSOL para reafirmar sua identidade política, distanciando-se de pautas de diversidade e justiça social, apostando no reforço da divisão social.
Conclusão: ataque revela estratégia de silenciamento
A provocação não é casual: é parte de uma estratégia para silenciar vozes dissidentes e manter o discurso conservador dominante. Em vez de promover debates construtivos, a ofensiva recorre a estigmas para forçar o silenciamento de parlamentares trans e progressistas.
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