A antecipação de Eduardo Bolsonaro como possível candidato à Presidência em 2026 expõe fissuras no bolsonarismo e levanta dúvidas sobre a liderança da direita brasileira.

A recente declaração de Eduardo Bolsonaro, colocando-se como possível candidato à Presidência da República em 2026, causou alvoroço entre aliados e integrantes do PL. A iniciativa foi vista como equivocada e contraditória à estratégia pública de seu pai, Jair Bolsonaro, que tem reiterado seu desejo de ser o nome da direita na próxima disputa presidencial.

Nos bastidores, a ação de Eduardo é interpretada como um reconhecimento de que Jair Bolsonaro pode ser preso ou permanecer inelegível, transmitindo a ideia de que sua inelegibilidade deve ser mantida e que sua prisão é uma possibilidade concreta.

Fontes próximas à família Bolsonaro informaram que a declaração de Eduardo não foi articulada com os demais membros do clã, causando desconforto.

Em entrevista à revista Veja, Eduardo afirmou que pretende disputar a Presidência caso essa seja uma missão delegada por seu pai, mencionando outras possíveis candidaturas dentro do campo bolsonarista, como a da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e a do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Repercussões e implicações para a direita brasileira

A movimentação de Eduardo Bolsonaro ocorre em um momento em que Jair Bolsonaro foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral até 2030, devido a alegações de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante as eleições de 2022.

Essa situação levanta questões sobre a liderança futura do movimento bolsonarista e quem poderá representar a direita nas próximas eleições presidenciais.


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