Líder de acampamento golpista em 8 de janeiro é condenado a 14 anos de prisão
Diego Ventura, acusado de coordenar logística do acampamento em frente ao Quartel do Exército, é condenado pelo STF e multado em R$ 30 milhões

Em 30 de junho de 2025, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Diego Dias Ventura — apontado como líder logístico do acampamento golpista de 8 de janeiro de 2023, em Brasília — a 14 anos de prisão, além de condenar-lhe ao pagamento de R$ 30 milhões pelos danos causados.
Acusação e decisão
Ventura foi acusado pela Procuradoria‑Geral da República de coordenar a montagem do acampamento em frente ao Quartel do Exército e de participar diretamente dos atos golpistas. O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, foi o responsável pelo voto condutor da condenação.
Multa bilionária
Além da pena de reclusão, Diego Ventura foi condenado a pagar R$ 30 milhões a título de reparação pelos prejuízos causados durante os atos golpistas — valor que deverá ser rateado com outros condenados.
Votos no tribunal
Além do relator Moraes, os ministros Flávio Dino e Cármen Lúcia votaram pela pena de 14 anos. Os ministros Cristiano Zanin e Luiz Fux optaram por penas menores — 11 anos e 9 anos e meio, respectivamente — mas mantiveram o entendimento de condenação. Ventura responderá em liberdade, conforme decisão anterior, mesmo após a sentença.
Por que isso importa
- Marco judicial: trata-se de uma das primeiras condenações de alto impacto ligados aos atos golpistas de 8/1, com forte sinalização institucional.
- Precedente para outros casos: a condenação abre caminho para penas mais duras a lideranças envolvidas na incitação e organização de tentativas de golpe.
- Resposta ao antidemocraticismo: reforça o posicionamento do STF e da PGR em proteger a democracia, com ações coordenadas na Operação Lesa Pátria.
Conclusão
A condenação de Diego Ventura a 14 anos de prisão e multa recorde representa um símbolo firme de punição à coluna logística dos atos golpistas — e envia um recado claro sobre o custo jurídico para lideranças que atacam instituições democráticas. Resta acompanhar os desdobramentos e possíveis recursos de defesa.
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