Defesa de Cid reafirma: Braga Netto entregou dinheiro em caixa de vinho para financiar golpe
Durante acareação no STF, tenente‑coronel Mauro Cid manteve acusação de que recebeu propina do general Braga Netto para financiar trama golpista.

Contexto da acareação no STF
Durante acareação realizada no Supremo Tribunal Federal, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, manteve a versão de que recebeu dinheiro em espécie do general Walter Braga Netto, embutido em uma caixa de vinho.
Acusação detalhada por Cid
Cid afirmou que o pagamento foi feito na sala de ajudância de ordens do Palácio da Alvorada — com a entrega ocorrendo sob sua própria mesa. Em seguida, o dinheiro teria sido repassado ao major Rafael de Oliveira, um dos militares envolvidos na trama golpista conhecida como “Punhal Verde e Amarelo”.
Defesa de Braga Netto reage
O advogado de Braga Netto, José Luís de Oliveira Lima, classificou o depoimento de Cid como mentiroso e acusou o militar de faltar com a verdade. Afirmou que o general chamará a delação de Cid de inválida devido a contradições identificadas durante a audiência.
Embate sobre credibilidade
A defesa de Cid reforçou que seu cliente permanece firme em sua versão e pretende requisitar ao STF os registros das câmeras de segurança e logs de entrada e saída do Palácio da Alvorada. O objetivo é comprovar a presença de Braga Netto no local e no momento da entrega.
Relevância política e judicial
O depoimento de Cid sinaliza envolvimento direto de Braga Netto em ações para financiar um golpe buscando impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Uma reunião realizada no final de 2022 na casa de Braga Netto é apontada como o ponto de partida da coleta de recursos para a operação.
Prós e contras desse confronto no STF
- Poder probatório: se comprovadas as imagens e registros, a acusação ganha substância irrefutável.
- Contradições expostas: a defesa do general tentará desacreditar Cid para invalidar a delação.
- Impacto institucional: caso confirmadas, as revelações podem agravar o quadro jurídico de Braga Netto e reabrir debate sobre segurança institucional durante mudanças de governo.
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