Relatório da Polícia Federal revela que o general Walter Braga Netto organizou rede de desinformação, coordenando grupo em WhatsApp e produção de conteúdo falso sobre urnas eletrônicas com objetivo de deteriorar a confiança nas eleições de 2022.

Relatório da Polícia Federal encaminhado ao STF aponta que o general Walter Braga Netto foi figura central em uma estratégia coordenada de desinformação contra as urnas eletrônicas e as eleições de 2022, com o objetivo de criar um ambiente propício a ataques ao processo eleitoral.


Grupo no WhatsApp e produção de fake news

Mensagens extraídas do celular do coronel Flávio Peregrino revelam que Braga Netto participou do grupo “Eleicoes 2022@” no WhatsApp, junto a ex-deputado e coronéis. A partir dessa articulação, foram produzidos documentos e estudos falsos a respeito de fraudes nas urnas, distribuídos a influenciadores alinhados ao golpe e candidatos do PL — alimentando receio no eleitorado sobre a confiabilidade do sistema eleitoral.


Objetivos institucionais e incentivo a protestos

A PF avalia que, além de criar narrativas conspiratórias, Braga Netto estimulava apoiadores a “resistirem” diante de quartéis e instalações militares, como forma de pressão institucional para minar o resultado das eleições. Esse tipo de radicalização, segundo investigadores, visa criar brechas para interferência no processo democrático.


A estratégia do golpe confere “intenção golpista”

Para a PF, a disseminação sistemática de fake news, combinada à articulação de protestos, descaracteriza uma simples campanha política — trata-se de uma ofensiva organizada para fragilizar instituições e plantas as sementes de uma ruptura democrática.


Perguntas para refletir

  • Até que ponto campanhas coordenadas de fake news podem configurar crime contra a democracia?
  • Braga Netto programou protestos militares ou apenas se comunicou com oficiais reservistas?
  • Qual o impacto dessas ações na confiança popular nas instituições eleitorais?

Conclusão

O relatório da PF destaca que Braga Netto foi um protagonista na construção de uma narrativa de fraude eleitoral e no estímulo a ações de pressão institucional. A revelação reforça os questionamentos sobre se houve, de fato, um plano golpista orquestrado — e coloca em teste os limites das instituições democráticas brasileiras.


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