“Carrapatos”: Bolsonaro acusa imprensa de defender Lula por dinheiro público
Ao chamar jornais de “carrapatos”, Bolsonaro insinua que veículos seriam comprados por Lula, revelando narrativa conspiratória e ataque à imprensa.

Neste domingo, Jair Bolsonaro utilizou seu canal no Telegram para desqualificar a grande imprensa brasileira — mencionando nomes como Folha, Globo e Estadão — ao acusar os veículos de estarem “defendendo Lula por dinheiro público”. Chamou-os de “carrapatos” e sentenciou que, quando “o sangue secar”, eles “irão todos para algum paraíso fora do país”.
Ataque com veneno conspiratório
A investida ocorre após editoriais dessas publicações pedirem que o governo brasileiro responda com firmeza às tarifas impostas pelos EUA. Bolsonaro insinuou que o real motivo por trás do apoio midiático ao presidente Lula seria “bilhões pagos pelo contribuinte” — não compromisso com informação.
Abaixando a temperatura dos interesses econômicos
Em vez de debater o impacto real dessas tarifas sobre o agronegócio e a indústria, o ex-presidente optou por direcionar o foco para uma narrativa conspiratória, insinuando que a imprensa estaria institucionalmente corrompida. O argumento busca minar a credibilidade dos meios como reação à repercussão negativa das resistências comerciais do governo.
Estratégia de confronto e divisão
Assim como seu estilo, Bolsonaro se vale da tática de deslegitimar vozes críticas ao associá-las a interesses escusos. O ataque à imprensa reforça sua narrativa de confronto — minar a confiança pública nos veículos institucionais para avançar sua própria agenda de poder e retórica antiprofissional.
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