“Temo por uma guerra mundial; nunca vi nada parecido”, alerta Celso Amorim
Ex-chanceler brasileiro afirma que atual escalada entre EUA, Irã e Israel pode desencadear um conflito global, algo sem precedentes em sua carreira diplomática.

O ex-chanceler Celso Amorim declarou que teme vivenciar uma guerra mundial, diante da atual escalada entre os Estados Unidos e o Irã, inserindo Israel e demais atores no tabuleiro militar do Oriente Médio. A crise, segundo ele, é a mais grave de sua experiência diplomática.
Em primeiro lugar: declaração alarmante
Amorim disse que jamais viu algo tão grave em suas décadas de atuação nas relações internacionais. Mesmo não prevendo um conflito nuclear iminente — visto que potências nucleares evitam confronto direto —, ele destacou que as ações encadeadas dos últimos dias tornaram o risco global palpável.
Por outro lado: o contexto atual
A crise se intensificou com ataques norte-americanos a instalações nucleares iranianas, além de retaliações por mísseis do Irã em direção a Israel. A perspectiva de reação ao uso militar — incluindo tentativas de bloqueio ao Estreito de Ormuz — agrava ainda mais o cenário, envolvendo múltiplos frontes militares e afetando rotas estratégicas.
Acresce que: o alerta diplomático
Para Amorim, trata-se de um momento crucial: a confluência de conflitos regionais, nucleares e geopolíticos não tem precedentes. “Nunca vi nada parecido”, enfatizou, ao alertar que a lógica militar de ataque e retaliação pode facilmente se transmutar num conflito total entre potências com armas de alta destruição.
Metáfora crítica: armadilhas em linha quádrupla
Amorim descreve o momento como andar em três cordas de tensão simultâneas, cada passo errático pode romper todos os cabos — e desencadear uma queda catastrófica. A diplomacia precisa frear essa escalada antes que a inércia se transforme em convulsão global.
Pergunta retórica
Se potências nucleares evitam confronto direto há décadas, por que agora toleram uma escalada regional que diluta limites e eleva retros sem retorno?
Consequências imediatas
- A diplomacia internacional se encontra pressionada por cenários de guerra global — especialmente no Conselho de Segurança da ONU.
- Países médios já preparam planos alternativos para rotas comerciais e energéticas.
- A prioridade volta-se à criação de canais diplomáticos emergenciais, para evitar o efeito dominó de alianças militares.
Impactos geopolíticos
- Risco de conflagração global caso potências nucleares sejam arrastadas.
- Colapso de negociações multilaterais, como embates sobre Irã, Ucrânia e Síria.
- Tensão em cadeias de suprimento, sobretudo de petróleo, transporte aéreo e comércio marítimo.
- Posicionamentos regionais: países como China, Índia e União Europeia intensificam diplomacia ativa.
- Reforço à percepção de um mundo “em dissonância total”, onde o equilíbrio nuclear torna-se cada vez mais precário.
Conclusão
O alerta de Celso Amorim não é retórica — é advertência de quem conhece os limites tênues entre diplomacia contida e guerra aberta. Se “nunca viu nada parecido”, é porque a atual escalada rompeu todos os paradigmas prévios. A grande pergunta que permanece é: a diplomacia conseguirá silenciar as armas antes que o barulho tome conta do mundo?
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