O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, impôs veto à inclusão de Jair Bolsonaro no novo projeto que busca anistiar condenados pelos atos do 8 de janeiro. A articulação política privilegia agora foragidos e acelera tramitação da proposta com apoio do PL e do Centrão.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, decidiu vetar a inclusão de Bolsonaro no novo projeto de lei da anistia voltado ao perdão de condenados pelos atos do dia 8 de janeiro de 2023. A proposta avança com emenda que inclui foragidos, mas exclui autores intelectuais do episódio.


Articulação política e veto estratégico

Segundo interlocutores, Alcolumbre condicionou a tramitação da proposta à exclusão dos principais articuladores do golpe – entre eles Bolsonaro – sob o argumento de que a pauta seria inviável caso fosse incluído quem liderou os atos. O senador deixou claro que não pautaria o projeto com essa inclusão.


Foragidos entram e proposta avança

Com o veto definido, o novo texto da anistia prioriza policiais, milicianos e manifestantes que estiveram envolvidos nos ataques e hoje estão foragidos, muitos em países como Argentina e Uruguai – cerca de 200 envolvidos, com 61 já presos no exterior. A proposta prevê retirar agravos de pena, permitindo progressão de regime ou cumprimento em local aberto.


Papel do PL e do Centrão

Apesar da exclusão de Bolsonaro, o PL continua apoiando o projeto como forma de blindar apoiadores do ex-presidente. Hugo Motta, líder do partido, articulou para que o relator seja um parlamentar de perfil centrista — estratégia para garantir apoio tanto da direita quanto de setores moderados.


Perguntas para refletir

  • O veto de Bolsonaro no texto fortalece legitimidade da proposta ou agrava tensões políticas?
  • A anistia para foragidos corre o risco de ser vista como leniência judicial?
  • Como equilibrar perdão político e respeito à justiça pelo ataque institucional?

Conclusão

Alcolumbre assume um papel determinante ao retirar Bolsonaro da anistia, garantindo menos polêmica ao texto e viabilizando apoio de centro. O projeto segue em curso, mas ainda enfrenta crises institucionais e disputas políticas sobre os limites da reparação ou perdão aos envolvidos no 8 de janeiro.


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