Acareação com Braga Netto será o momento mais delicado da delação de Cid, avaliam militares
Militares apontam que o encontro presencial marcado para 24 de junho no STF será o ápice de pressão sobre Mauro Cid, diante da hierarquia do general Walter Braga Netto e da tensão emocional que pode desestabilizar o delator.

Aliados e militares avaliam que a acareação entre o general Walter Braga Netto e o tenente-coronel Mauro Cid, marcada para 24 de junho no STF, será o momento mais delicado da delação. Pela primeira vez, Cid enfrentará presencialmente o superior que, segundo ele, comandou ações golpistas e repassou dinheiro — sob pressão emocional e sob a superioridade hierárquica do general.
Hierarquia e pressão emocional
Antes, os interrogatórios por videoconferência permitiam algum distanciamento. Agora, no ambiente rígido do STF, reside o risco de hierarquia e disciplina militar intimidarem o delator — e essa é, justamente, a expectativa dos que auguram maior tensão no dia marcado.
Conteúdo explosivo na mira
Cid acusa Braga Netto de ser o epicentro de encontro para discutir plano golpista e de ter entregue uma sacola com dinheiro a ele — alegações prontamente negadas por Braga Netto. A acareação colocará versões antagônicas frente a frente, em um ambiente onde a força simbólica e emocional é amplificada.
O teste definidor da delação
Para parte dos militares, esse será o confronto decisivo — se o delator suportará o peso emocional e o discurso do general, ou se se desestabilizará. Entre eles, existe a crença de que esse ritual poderá legitimar ou minar completamente sua versão dos fatos.
Perguntas para refletir
- Até que ponto a hierarquia influencia na sinceridade de um depoimento?
- Pode a pressão emocional alterar a credibilidade da delação?
- O STF deve considerar fatores simbólicos e emocionais nesse tipo de acareação?
Conclusão
A acareação presencial com o general Braga Netto é entendida como o momento crítico da delação de Mauro Cid. A expectativa é que seja o ponto alto da disputa entre narrativa e punição simbólica — e a experiência militar pode pesar mais que os fatos relatados.